segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Que raio de país é este?

Às vezes pergunto-me "que raio de país é este?".
No outro dia foi isto mesmo que me perguntei depois de ter sido abordada, pertinho de minha casa, por um senhor que estava a pedir dinheiro para pagar o funeral do filho. Trazia um documento em papel azul de 25 linhas a atestar a veracidade do que dizia.
Nem li bem o papel pois fiquei siderada. Não queria acreditar naquilo.

e pergunto-me: Que país é este em que um pai tem que andar a pedir, de porta a porta, para pagar o funeral do filho? Esta situação não é a ele que degrada, mas sim a nós, a esta freguesia, concelho, cidade, país, a n´so enquanto "todo". A falta de dignidade a todos atinge.

E se, como me passou pela cabeça, o fulano estava a mentir? aí a questão é "que raio de país é este em que há quem invente uma coisa desta?

Desta vez, não achei sequer importante saber se estava ou não a ser enganada, se era ou não verdade. Preferi correr o risco de ser enganada do que deixar de contribuir para esta causa.

3 comentários:

Vera disse...

Isto vai de mal a pior... E com tendência a piorar!

Nuno Duarte Revés disse...

Concordo com a Vera... E, infelizmente, isto só vai continuar a piorar em muitos aspectos, senão em todos, porque nós, portugueses, temos uma mente demasiado tacanha e "pequenina".

"A galinha da minha vizinha é muito melhor do que a minha"... E vai ser sempre assim; vamos andar sempre a querer imitar os outros, a dizer que o que vem de fora é que é bom, a querer ser o que não somos!!

E depois andam pais a pedir dinheiro para poder enterrar os filhos... Se bem que eu acho que se me morresse um filho não teria cabeça para andar na rua a pedir dinheiro... Mas...

Unknown disse...

Nuninho, em defesa do senhor, o pedido foi à posteriori. Ou seja, pelo que percebi, o funeral foi feito e a agência deu-lhes algum tempo para arranjar o dinheiro.
beijinhos