sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Celibato... sim ou não?

Hoje deparei-me com esta noticia.
De facto já era tempo da igreja se deixar de hipocrisias e, de uma vez por todas, aceitar algumas mudanças que só a iriam favorecer.

Esta é, de facto, uma delas. A verdade é que pouca gente acredita no celibato dos padres. Cada vez há mais escândalos envolvendo membros do clero. De cada vez que isso acontece a igreja perde um pouco da sua credibilidade.

Por norma, estes escândalos envolvem acusações de homossexualidade e/ou pedofilia. porque os casos heterossexuais já nem são escândalo, a igreja limita-se a mudar o padreco de paróquia e fica o assunto resolvido.

Mas afinal qual é o problema dos padres se envolverem com uma mulher/homem?

O Amor é a grande mensagem/objectivo da igreja. O amor terreno, carnal é apenas uma das suas expressões.

Uma das obrigações dos padres é celebrar casamentos, coisa de que (supostamente) não têm nenhuma experiência!!!!!

At last gostaria de salientar que, caso não fossem "obrigados" ao celibato, não mentiriam tanto (sim, porque a maioria, senão a totalidade, não cumpre o voto de castidade), seriam muito mais felizes (afinal até os bichinhos gostam, não é?) e teriam muito mais condições para serem parte da comunidade e para se identificarem com os paroquianos.....

E depois, daqui a alguns anos, já teriam moral para condenar o divórcio e os métodos anti-conceptivos.... ou não!

9 comentários:

Vasco Ribeiro disse...

Epá ainda não li o texto, mas pelo título digo já que não!

Vasco Ribeiro disse...

Penso que a Igreja se esqueceu que um padre antes de ser padre é um homem como qualquer um, tendo somente uma coisa diferente; acredita numa coisa que não existe. Quanto ao resto é tudo igual, bebem, fumam, …, fazem tudo o que qualquer comum mortal faz. No entanto, penso que a igreja devia mudar um pouco, permitindo assim aos padres terem a sua companheira e poderem fazer aquelas marotices com algemas sempre que quiserem. Não deixarão de ser bons padres só porque “procriam”.
Olhem na bíblia era tudo muito angelical e todos muito santos, no entanto aquilo era porrada de três em pipa no campo sexual…

Aquele abraço

Cheila C.C.C. disse...

Pergunta para a qual se aceitam ambas as respostas.

Existem muitas pessoas que praticam o celibato, não porque tal constitua uma obrigação, mas porque é a sua vontade. Uma vontade como outra qualquer.Ok, uma vontade diferente da minha, da nossa, mas ainda assim, uma vontade.

No caso dos padres, ou da Igreja, num sentido mais lato, defendo a não obrigatoriedade da prática do mesmo. Cada um poderia escolher qual o caminho a seguir. Afinal, e tal como bem referes Patrícia, o Amor é a grande mensagem, e existem inúmeras formas de preconizá-lo. Inclusivamente através do celibato... Curioso, não?

Liberdade é a palavra de ordem.

Beijos

Vasco Ribeiro disse...

Só não conheço ninguém que escolha o celibato por vontade própria... só por imposição...

Cheila C.C.C. disse...

Por acaso até conheces, já trabalhaste com ele.

Não sei se o pratica na verdade, ou não, mas que afirma fazê-lo... ai lá isso afirma.

E não sei porquê... Não me custa a acreditar que seja verdade...

Otário Tevez disse...

pois... de facto...

Vasco Ribeiro disse...

Hum!!! Será que realmente prefere dizer sim ao celibato, ou tem pena de ser tão inibido perante o sexo oposto e arranja essa "desculpa"?
Já agora gostava de pôr mais uma questão. Será normal num homem, que gosta de mulheres, dizer que prefere ser celibatário?
Aquele abraço,

Cheila C.C.C. disse...

Será tão "normal" um homem que gosta de mulheres fazê-lo, como uma mulher que gosta de homens... (vou poupar-me a referir os homosexuais porque esses, não me parece que pratiquem abstinência sexual em situação alguma). That's not the point.

A questão é... Todo o ser humano tem instinto sexual, é uma necessidade básica, tal como a fome, a sede e o sono. O que difere, serão as razões que leva alguém a assumir esse tipo de comportamento. E essas podem ser múltiplas.

No caso específico a que me referi a "desculpa" eram as doenças... Uma desculpa como outra qualquer. Quanto a mim uma desculpa que deixa de fazer sentido a partir do momento em que existem formas de "contornar esse impedimento". E por esta razão, talvez possa concordar que a raiz do problema seja mesmo uma enorme dose de timidez. Sendo que timidez será apenas uma manifestação de várias outras barreiras: medo da rejeição; insegurança quanto ao (mau) desempenho; frustração baseada num conjunto de relações falhadas... Cada um saberá dar resposta ao seu problema.

Ou então, não.

Nuno Duarte Revés disse...

Quanto a mim qualquer que seja o tipo de abstinência é sempre forçado! Se estou gordo demais, forço-me a fazer dieta; se acho que já bebi demais, forço-me a parar de o fazer; se me faz mal fumar, forço-me a deixar de o fazer.

Portanto, há sempre o factor imposição para se deixar de fazer o que quer que seja. Por esta ou aquela razão, abstemo-nos de tanta coisa na vida.

No caso do celibato imposto na Igreja, sempre achei um perfeito disparate e fico feliz por saber que as coisas são capazes de mudar. Os pastores anglicanos não são piores que os padres católicos e, no entanto, são casados e têm família.

Haja mudança! Afinal de contas, já dizia o Poeta: "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"...