segunda-feira, 3 de março de 2008

Quero o teu...

Pode parecer chocante, mas nem todas as mulheres e homens gostam de levar com o coiso no coiso

"Certo dia, "not so long ago", escrevi uma crónica sobre sexo anal. Aquele petisco, onde volto a reiterar "os homens parecem babuínos histéricos no meio da jungle, qual episódio da BBC Wilde Life, desesperados por enfiar o raio do termómetro deles no nosso orifício traseiro", mais conhecido nos cafés, esquadras e no IC19, por... cu. Ora bem, esta coisa de nos irem ao cu no sentido literal tem muito que se lhe diga. Ainda me lembro de uma chamada de emergência que fiz a um ex-namorado - quando estava com outro - a perguntar qual era o lubrificante que usávamos. Era lubrificante de água, ou gel de água ou algo assim. São uns kiduxos estes meus ex's. Adiante. Para se ter sexo anal, é preciso vários ingredientes que passo a citar: 1) ter tomates. Sim, leram bem. Ter tomates, para levar com o coiso no cu. 2) Ser inconsciente, porque os excessos levam a desgaste do o´rifício. Que o diaga Adriane Galisteu, que mal se consegue mexer no sambódromo - e até andar, segundo li - de tanto... sambar... 3) Um bom lubrificante. 4) em alternativa a 3) um coisinho pequenininho que nos poupa o episódio da salsicha encharcada de ketchup à volta do nosso traseiro ou anus (pronto, já disse). ode parecer chocante, mas nem todas as mulheres e homens gostam de levar com o coiso no coiso. E mais chocante ainda são as que não dizem ou por já terem desmaiado de tanto levarem no coiso ou por estupidez, perdão, timidez! Depois, claro, há o "Clube dos Rabetas", que gostam de enrabar e serem enrabados. E como se não bastasse, é na net que se encontram toooooooooooooodos lá dentro!"

by Ana Anes, In Vidas

(a "senhora" na foto)

Bom...! Eu fiquei verdadeiramente chocada com este artigo, e olhem que eu não sou menina de me chocar facilmente. No entanto, parece-me inconcebível que um artigo deste calibre tenha sido escrito e publicado numa revista que mais não é do que um suplemento do Correio da manhã. Não me choca minimamente que se escreva acerca deste ou outro tema qualquer relacionado com sexo. Acho perfeitamente normal e aceitável, mas... vamos fazê-lo de uma forma educativa, ok?! Principalmente quando falamos de uma revista "cor-de-rosa" lida por centenas de jovens e crianças, enquanto tomam o pequeno almoço no café com os pais num domingo soalheiro.

Minha querida Ana Anes, agora é para ti que escrevo: para se escrever um texto são precisos vários ingredientes (iso "(...) é preciso vários ingredientes"): 1) saber escrever. Algo que se aprende na 1ª classe. Devias experimentar passar por lá. Claro está que as sensações serão menos físicas (e anais), mas vais ver que vale a pena; 2) não ofender gratuitamente quem não se conhece e não está presente para se defender. Muito menos de uma forma escrita e para milhões de leitores. É óbvio que a tua opinião pouco interessará à pessoa em questão, no entanto... se for verdade que ela já não consegue andar nem sambar... Ui... Deves ir de maca para o trabalho. Além disso, olha que a inveja é um pecado mortal... 3) esclarece-me uma pequenininha dúvida: isto é o "melhor" que consegues escrever? Ou será que consegues ser ainda mais brejeira e ordinária?! Eu aposto nas tuas capacidades...

3 comentários:

Vasco Ribeiro disse...

Realmente este texto não deveria ter sido publicado. Acho de um mau gosto atroz. Quanto ao assunto estou totalmente de acordo com as críticas da Cheila.
Como é possível alguém escrever isto, e pior, alguém publicar.
Cheilocas estiveste muito muito bem.
Só penso que ela não terá muita inveja, pois ela ui ui... para fazer as suas necessidades nem precisa de fazer força, só se precisa sentar...

Cheila, tu podes escrever poucas vezes aqui, mas quando escreves, é sempre rente ao pessegueiro.

beijocas.
P.s - viva o sexo anal, seja isso o que for! :)

Unknown disse...

Bom, eu confesso que quando comecei a ler o texto não queria acreditar! Isto foi publicado num jornal/revista ???????
não é normal! Cheila, tens toda a razão.

Nuno Duarte Revés disse...

Bem, quanto ao péssimo gosto do editor da dita revista em ter permitido/autorizado a publicação de semelhante texto nem precisamos comentar o que quer que seja, certo?

Nem é o assunto ou a abordagem do mesmo que me "choca" mas sim o facto de a revista do CM não ser a única a fazê-lo de forma tão gratuita (sim, a revista vem como suplemento do dito diário). Quem não leu já as maiores barbaridades do "Diário de Maria"?! OK, têm razão, o teor do vernáculo não consegue (ainda!!) suplantar este que foi reproduzido pela Cheila. Mas lá chegará.

Pergunto-me eu: a Alta Autoridade para a Comunicação Social não terá uma palavra a dizer a respeito deste tipo de publicações?! Ou também já terá sido extinta?! Se calhar também já levou o mesmo caminho que a Direcção Geral de Viação... Se assim foi não é preocupante. A Ordem dos Advogados logo arranja umas dezenas de advogados para defenderem ou acusarem quem estiver à frente deste tipo de imprensa escrita.

Assim vai o nosso "cantinho à beira-mar plantado", meus amigos...