O Sexto Sentido

Apetece-me tecer algumas considerações acerca do Post de PH Cavaco, o qual, me pareceu surpreendentemente engraçado, sobretudo, pela originalidade e espontaneidade, com que ela focou o tema em questão (passem por lá, e detenham a retina por alguns minutos).

Fez-me pensar um pouco, acerca de um dos maiores enigmas da crença popular, e como, cada vez mais – sempre que os meus sentidos me traem e me fazem crer em algo “do mundo do fantástico” - procuro encontrar uma explicação lógica e racional, aqui estou eu para “provar”, segundo as minhas leis (muito pouco científicas), que o sexto sentido feminino talvez não tenha nada de profético.

Ora vejamos:

Visão – as mulheres vêem “tudo”, ao contrário dos homens, que não veêm “nada”. Elas vêem tanto, que por vezes até conseguem ver o que não existe, e pior do que vê-lo, é acreditá-lo como se fosse uma verdade absoluta. Curiosamente, aquilo que por vezes “lhes entra pelos olhos dentro”, elas não veêm. Ou será que não querem ver?! Bom, esse seria um outro tema, que agora se nos escapa. Porque essa capacidade de dissimular a realidade ao sabor dos seus desejos e vontades, implica a utilização meticulosa de todos os sentidos em simultâneo, com uma arte... Essa sim, definitivamente, feminina. Mas não é isso que aqui me traz hoje. A questão é que, segundo consta, as mulheres têm a parte branca do olho (avaliem bem, o meu grau de conhecimento científico!), maior do que os homens, e é essa parte que confere uma maior, ou menor, capacidade de movimento dos olhos. Dai que, por regra, a mulher tenha uma maior visão periférica, comparativamente ao homem. Esta maior “capacidade rotativa” permite-lhe captar uma maior quantidade de informação, e por isso se diz que “nada nos escapa”. Com os nossos olhos conseguimos ver e interpretar pequenos sinais que passam despercebidos à maioria dos homens. Enquanto processamos toda essa informação e “fazemos filmes” na nossa cabeça à velocidade da luz... O Homem?! Normal... Ainda está a pensar na resposta que lhe demos hà 10 minutos atrás.

Audição – bem, também aqui, posso começar por dizer que as mulheres ouvem “tudo”, os homens não ouvem “nada”. Este facto tem a ver com a atenção que dispensamos às “coisas” ou assuntos. A mulher é, por norma, muito mais atenta a tudo o que se diz (ou conspira) à sua volta, enquanto o homem, desde que o tema não seja futebol, ou qualquer outro assunto da sua área de interesse (sei lá.... Futebol.... De momento, não me ocorre outro tema.... Ah! Carros e mulheres. É isso.), é como se vivesse num mundo “à parte”. E se, a este facto, aliarmos eles estarem a fazer qualquer outra coisa em simultâneo, então esqueçam... Esta conjunctura, simplesmente, não lhes permite dar atenção, seja àquilo que for, em simultâneo. N-Ã-O D-Á. Por isso, o que acontece, é que o homem acaba por ser mais selectivo em relação àquilo que ouve, e a mulher, por sua vez, mais bisbilhoteira, pois ouve tudo. A mulher até ouve aquilo que o homem não disse, mas que ela sabe que no fundo, bem lá no fundo, ele queria dizer.

Olfacto – a mulher cheira tudo, o homem cheira mal. Também, neste sentido, a realidade parece colocar as mulheres nos lugares cimeiros. À mulher, cheira-lhe a gás ou a queimado, enquanto está sentada a ver televisão (e pede ao homem que “vá ver o que se passa”), enquanto o homem, o máximo que consegue cheirar são as bifanas no churrasco. Se falarmos no cheiro de perfume feminino na camisa do homem..................... Nem um Pastor Alemão da polícia inglesa, ultrapassa o olfacto feminino. O que elas não percebem é que, o cheiro, é a suor, porque ele acabou de vir de um jogo de futebol, ou do ginásio. Mas, como se passaram aquelas 2 horas sem que ele “desse sinal de vida”... Nunca se sabe... é sempre melhor ir cheirar o colarinho. Não vá o Diabo tecê-las.

Gosto – a mulher tem maior sensibilidade ao doce, o homem ao salgado. Por isso, nós somos gordas, e eles têm os triglicéridos e o colestrol, altos. A mulher tem um gosto mais requintado, é mais exigente com tudo o que saboreia, sobretudo, com o hálito masculino. O homem, desde que a mulher tenha “uma boa prateleira e uma pandeireta de sonho”, pode, inclusivé, ter-se esquecido de lavar os dentes ao almoço (são pormenores). As papilas gustativas femininas, são mais activas, aqui está a explicação “científica”.

Tacto – confesso que este, é o único sentido que me faz ficar hesitante, em relação à superioridade feminina, face ao homem. Digamos que, o homem “sente mais” (sendo que “mais” é classificado, única e exclusivamente, do ponto de vista da “quantidade”), mas a mulher, “sente melhor”. O homem é muito mais “bruto” em tudo o que toca, fá-lo com muito menos cuidado e preocupação, enquanto a mulher é muito mais delicada. É uma questão física, o homem tem mais força e mais dificuldade em controlar o seu uso, a mulher como não tem muita, procura aliá-la ao jeito. A mulher é, toda ela, muito mais sensível ao toque, e por isso, quando não se encontra bem do ponto de vista... dos nervos, é frequente ouvi-la dizer algo do género “Não me toques!”, enquanto que ao homem, nervoso ou não, sabe sempre bem uma mão feminina a “passar-lhe por cima do pêlo”... Acalma-o... Relaxa-o... Não há nervos que resistam.

Afinal de contas, o que podemos concluir, é que a mulher tem uma capacidade extra sensorial, face ao homem. Todos os seus sentidos são mais apurados, são melhor explorados e, por isso, é como se o Todo desse origem a mais um elemento, o tal Sexto sentido.

Só, ainda, não percebi, de que nos vale toda esta capacidade extra sensorial, se, na verdade, Coração que não vê, ouve, cheira, saboreia, ou sente, mente que não sofre.

Até